Introdução

Tínhamos um problema: reduzir o custo com o material de limpeza em nossa escola. Surge a planta eucalipto como uma possível solução. Essa árvore é muito conhecida pela população de uma forma geral e é de grande uso na indústria, além de ser amplamente cultivado no Brasil e facilmente encontrada em nossa região. O desinfetante de eucalipto foi observado de uso comum no combate a diversos parasitas celulares e invertebrados. Uma vantagem desse experimento, em produzir um desinfetante natural a base de folha de eucalipto, álcool e água, garrafa pet, essência e detergente neutro é diminuir os gastos da escola e os resíduos com embalagens plásticas. Segundo Dias, 2004, “O modelo de desenvolvimento que estamos vivendo está prejudicando cada vez mais o Planeta”. Pensando em minimizar o prejuízo que o progresso causa ao planeta, as atividades experimentais e de iniciação científica na E.M. Professora Enilza B. S. Chiconelli ganham força e espaço como ferramenta de estímulo. Desta forma, esse estudo cumpre mais um papel: o de estar vinculada ao mundo real do trabalho, à empregabilidade, por intermédio desse experimento em nossa unidade escolar, os alunos estão se capacitando para a produção de um desinfetante natural, podendo, eles mesmos, produzirem e venderem.

Métodos

A metodologia empregada nesta pesquisa constou de etapas pertinentes a um estudo científico básico, como o levantamento bibliográfico inicial, referente ao tema abordado pela pesquisa, com um posterior levantamento específico sobre os desinfetantes e a possibilidade de se produzir um desinfetante que fosse de fácil processamento e matéria prima de baixo custo. Observamos uma grande abordagem e propaganda na internet acerca do desinfetante de eucalipto. A planta que foi trabalhada durante o projeto foi o Eucaliptos citriodor, da Família Myrtacecae. Segundo Marcedo, 2008, a Eucalyptus citriodora conhecida popularmente como eucalipto limão é uma árvore de porte médio, com casca áspera e pulverulenta de coloração branca, às vezes rosa ou vermelha e folhas juvenis lanceoladas. A folhagem adulta é lisa (FIGURA 1), estreita e mais longa que a juvenil. Todas as partes contêm forte aroma de limão. É utilizada para produção de carvão vegetal, postes, madeira para serraria, como lenha, sendo mais cultivado para obtenção de óleo essencial para perfumaria. Em nosso experimento foi trabalhado especificamente as folhas de tamanho médio. Descartamos os brotos e as folhas mais velhas. Essa pesquisa foi realizada na E. M. Professora Enilza Barros dos Santos Chiconelli, Austin, no Município de Nova Iguaçu, RJ. Com estudantes do sétimo ano do Ensino Fundamental, turno da tarde, com a faixa etária de 13 anos. Iniciamos com as três turmas da escola, turmas 701, 702 e 703. Em um primeiro momento, essas três turmas que somavam um total de cerca de 120 estudantes, foram divididos em dois grupos por turma. Totalizando 6 grupos de cerca de 20 estudantes. Em um segundo momento, cerca de três semanas depois, peneiramos o líquido, diluímos o produto final e engarrafamos. Nesse segundo momento, trabalhamos por turma. Em um terceiro momento da pesquisa, ficamos trabalhando, em especial, com seis alunas e agora, na terceira etapa, selecionamos apenas três. A nossa metodologia da pesquisa orientou-se por uma ação qualitativa, usando tanto a pesquisa bibliográfica quanto a pesquisa com manipulação exploratória, tendo como base, estudos realizados sobre o tema que foi trabalhado previamente em aula com os estudantes. Durante a primeira intervenção prática, colocamos dois litros de álcool 70% e um litro de água em um balde. Mexemos para diluir e homogeneizar a mistura ao máximo. Em outro recipiente, uma caixa de papelão reaproveitada, trituramos e maceramos manualmente as folhas do eucalipto. Com as folhas trituradas, colocamos as folhas na garrafa até ela ficar cheia. Equivalente a 200 gramas de folhas trituradas em uma garrafa pet reaproveitada de 2 litros. Posteriormente o aluno adicionou a mistura de água e álcool 70%, às folhas trituradas. A proporção foi de 70% de álcool e 30% de água. A água foi coletada diretamente na pia banheiro. Para facilitar o processo, usamos um funil feito de garrafa pet reaproveitada. Inicialmente, enchemos quatro garrafas de 2 litros de cada da mistura. Essa mistura ficou em um local escuro por 15 dias. Tempo necessário para a concentração e finalização do experimento. Durante o processo, designamos 3 alunas para, diariamente, balançar as garrafas e homogeneizar o experimento.

Dados

Produção de desinfetante de Eucalipto


Temas

Saúde e Consumo Responsável

Palavras-chave

Equipe Ciêntifica

Félix Hermínio Pereira Junior (Coordenador da Equipe)
1° ano (Aluno Capitão)

Escola

CIEP 031 Lirio do Laguna, Rio De Janeiro-RJ

Resumo

Esta ação é uma tentativa por meio de um empreendedorismo inicial de contribuir para a redução de gastos da escola, através da fabricação de um desinfetante natural a base de folhas de eucalipto. O eucalipto é um vegetal de utilização sanitária e para a higiene de locais de circulação humana e animais. O desinfetante seria de fácil produção e manipulação por parte dos participantes. Além, do “eucalipto” estar diretamente associada a limpeza e por ser um dos principais produtos da higienização atualmente mais comercializados. Por isso, a ideia de produzir um desinfetante natural com baixo custo. Apenas com folhas de eucalipto, álcool 70% e água. Queremos também, por meio de práticas laboratoriais, favorecer a novas descobertas na disciplina de Ciências, repensando a necessidade de reutilização de materiais que afetam negativamente a natureza, como é o caso da garrafa pet e do desinfetante industrial. Entretanto, o conhecimento não é uma cópia da realidade. São processos que permeiam as diferentes realidades de um objeto ou um fato.

Resultados

Com o referente projeto, que foi intitulado de “Repensando a produção de desinfetante natural de eucalipto como uma real fonte de renda”, busca-se produzir um desinfetante natural a base de folha de eucalipto, álcool 70% e água, diminuir os gastos da escola e os resíduos com embalagens plásticas.

Discussão dos Resultados

Conclusões

Referências

ANDRADE et al. Oficinas Ecológicas. Petrópolis: 1996. BRASIL. Parâmetros curriculares Nacionais. Campinas: Papirus, 2000,107p. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. Conselhos Escolares: democratização da escola e construção da cidadania. Brasília/DF. v. 1, 2005a. DIAS, G. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. 7ª ed. São Paulo: Gaia, 2001, 551p. EMBRAPA, Folha da Florestal, Colombo, PR, agosto de 2007.

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