Introdução
JOHANESBURGO - Quase 80 mil anos antes de os humanos começarem a borrifar substâncias químicas para controlar os insetos, os africanos usavam colchões feitos com plantas repelentes de insetos para garantir uma boa noite de sono. Com o calor, chega a época dos pernilongos e mosquitos. Para evitar alergias e outras doenças, como dengue, é importante não se esquecer de se proteger
As temporadas de chuva e altas temperaturas são, também, a época preferida dos incômodos pernilongos, borrachudos e, até mesmo, mosquitos da dengue e do Zika vírus. Nesses casos, além dos cuidados com água parada e outras medidas para evitar a proliferação dos insetos, o uso dos repelentes é uma das maneiras mais eficazes de se proteger.
Isso porque os repelentes conseguem manter os mosquitos afastados da pele, evitando, assim, os males causados pela picada, como coceira, reações alérgicas ou até doenças, por exemplo as causadas pelo conhecido Aedes aegypti. Então, a recomendação é escolher um produto que seja realmente eficaz.
O Brasil está situado em uma área predominantemente tropical, apresentando condições ambientais favoráveis para a permanência e disseminação de mosquitos vetores, como o Aedes aegypti, com isso favorecendo a ocorrência de arboviroses.
Atualmente, com a acessibilidade à internet e às redes sociais, a tendência de utilização de repelentes vem sendo seguida em massa, como milhões de pessoas assistindo e compartilhando conteúdos de como preparar repelentes feitos em casa. Em decorrência destes fatores, há um número crescente do uso de repelentes caseiros e naturais. No Brasil, o repelente caseiro feito com os botões florais de Syzygium aromaticum, o cravo-da-índia, é um dos mais populares, principalmente contra picadas de mosquitos o Ae. aegypti.
Testes de repelentes com essa planta têm conseguido bons resultados. Por exemplo, com uma amostra de 0,1 ml de óleo essencial do cravo-da-índia em concentração de 10%, é possível a repelência de 100% de Ae. aegypti durante 30 min. Com 50% de concentração do óleo essencial, o resultado obtido atinge a 70 min. Testes com repelentes caseiros a base do mesmo composto, feitos no Brasil, mostraram que este confere 63% de proteção contra picadas do mosquito Ae. aegypti. Dessa forma, o uso do repelente caseiro a base de cravo-da-índia parece eficiente na prevenção de picadas de mosquitos. Além disso, é acessível à população carente e de fácil preparação.
Objetivo: conscientizar a comunidade ao redor do colégio a importância de manter o quintal limpo, sem água parada evitando assim a procriação do mosquito da dengue.
Métodos
Materiais e reagentes:
15g de cravo-da-índia
1L de álcool 70º
10ml de óleo essencial de cravo-da-índia
10 ml de óleo de andiróba
Frascos com tampas
Funil
Balança
Papel para etiqueta
Barbante
Modo de fazer
Foram pesados 15g de cravo da índia e colocados no frasco de 1L de álcool 70º. Esse frasco foi agitado de 3 em 3h (o período da noite ficou sem agitar, isso se dava enquanto os alunos permaneciam no colégio). Os alunos utilizaram papel etiqueta para elaborar as mini-bula do repelente onde continha os reagentes, modo de fazer, validade e como usar o repelente. Após esses três dias, o repelente foi filtrado e acrescentado a ele, os óleos essenciais, o frasco contendo o reagente foi agitado por 30 min, logo após esse período, encheram os frasquinhos coma ajuda de um funil e os mesmos lacrados. Foram coladas as etiquetar e as mini-bulas nos frascos como um livrinho. Os fraquinhos foram entregue a comunidade por equipes de 5 alunos.