Transpiração foliar é o processo de perda de água na forma de vapor para o meio atmosférico. Sendo a folha o principal órgão da planta a realizar transpiração, contribuindo, assim para o ciclo da água uma vez que grande quantidade dessa água retorna a atmosfera, auxiliando na formação de nuvens, contribuindo para a regulação do regime de chuvas. Como comprovar a contribuição das plantas para o ciclo da água e regime das chuvas? Teríamos, então que comprovar que a folha perde água na forma de vapor. Mas, o quanto ela perde de água? Através de um experimento proposto aos alunos esperou a comprovação da transpiração através das células estomáticas da folha, como também proporcionou a análise do experimento com medições de volume de perda da água e cálculo aproximado da área da superfície da transpiração foliar.

- No primeiro encontro foi feito uma sensibilização mostrando um vídeo sobre os "Rios Voadores" (Os rios voadores são “cursos de água atmosféricos”, formados por massas de ar carregadas de vapor de água) e sua formação através da evapotranspiração (Perda de água do solo por evaporação e perda de água da planta por transpiração); - Preparo de lâminas para amostra da epiderme foliar para observar células estomáticas em microscópio óptico. Sendo que os estômatos controlam a entrada de gás carbônico e a saída de água na planta pelo processo de transpiração; - No segundo encontro foi proposto um experimento para comprovar a transpiração foliar e coletar dados para análise desse experimento; - Os alunos foram separados em grupos que deveriam escolher uma planta do jardim da escola e vestir com saco plástico um ramo cheio de folhas dessa planta, vedando (amarrando) a extremidade aberta do saco plástico envolvida ao ramo, com auxílio de uma fita adesiva ou barbante a escolher; - Foram orientados a observar e anotar quaisquer mudanças aparentes na superfície interna do saco plástico, como também anotar quaisquer mudanças climáticas que pudessem influenciar os resultados do experimento durante três dias seguidos; - No terceiro encontro observaram e relataram as mudanças do aspecto da superfície interna do saco plástico com a presença de gotículas de água eliminadas pelos estômatos nesse fenômeno de transpiração foliar. - Preencheram um relatório demonstrando as variações climáticas e aspectos climáticos que favoreceram ou que impediram o resultado do experimento, durante os três dias de experimento; - Mediram o volume de perda de água líquida retida no saco plástico, durante esse período, como também, calcularam o valor aproximado da superfície de transpiração foliar utilizando papel quadriculado com dimensões O,6mm x 0,6mm medindo a superfície de uma folha e multiplicando pelo número de folhas do ramo escolhido.

TRANSPIRAÇÃO FOLIAR

Inovação e Problemas da Sociedade, Cidades e Comunidades Sustentáveis

Transpiração, Folha, Estômatos, Chuva

PEDRO IVO LUÍS SALES (Coordenador da Equipe)
LUIZ CARLOS RODOLFO (Professor Colaborador)
LEANDRO ZYMBERKNOPF (Professor Colaborador)
Pedro Henrique de Souza Braga (Aluno Capitão)
Gabriel Luccas do Nascimento Gonçalves (Aluno)
Pérola Pires Dos Santos (Aluno)
Júlia Letícia Polia (Aluno)
Joao Paulo Lopes Cardoso (Aluno)

EE Dr João Pedro Cardoso, Pindamonhangaba-SP

O projeto visa mostrar a importância da conservação das florestas como agentes contribuidores para o ciclo da água e regime das chuvas, destacando a transpiração foliar através de suas células estomáticas. Os alunos comprovaram, através de um experimento, a transpiração foliar, vestindo, vedando e amarrando um saco plástico a um ramo com folhas de uma planta e durante três dias observaram e anotar as mudanças do aspecto da superfície interna do saco plástico com a presença de gotículas de água eliminadas pelos estômatos nesse fenômeno de transpiração foliar. No término desses três dias, preencheram um relatório demonstrando as variações climáticas, aspectos que favoreceram ou que impediram o resultado do experimento, além de medir o volume de perda de água nesse período, como também, calcularam o valor aproximado da superfície de transpiração foliar utilizando papel quadriculado com dimensões 0,6mm x 0,6mm.

Os alunos puderam, durante o experimento, observar presença de gotículas de água na superfície interna do saco plástico, decorrente do fenômeno de transpiração foliar através do processo realizado pelas células estomáticas que eliminou água na forma gasosa sendo retida e condensada no interior do saco plástico. Os alunos separados em grupos, através do experimento proposto, realizaram a análise com medições do volume de perda da água líquida retida no saco plástico e calcularam o valor aproximado da área da superfície da transpiração foliar e quantificaram o número de folhas contidas no ramo escolhido da planta. Os alunos indicaram, também, no relatório as variações climáticas, durante o período da atividade, que provavelmente favoreceram ou que impediram o resultado do experimento, conforme demonstrado nesses dois grupos abaixo: Grupo 1 Total de folhas = 747 Área total da superfície foliar = 5378,4cm² Volume de água coletada = 205 ml Condições climáticas no mês de setembro no município de Pindamonhangaba = 13/09  28°C à 16°C (sem precipitação com boa luminosidade solar) / 14/09  20°C à 17°C (sem precipitação e céu parcialmente nublado) / 15/09  19°C à 16°C (sem precipitação e céu parcialmente nublado). Grupo 2 Total de folhas = 325 Área total da superfície foliar = 4153,5cm² Volume de água coletada = 150 ml Condições climáticas no mês de setembro no município de Pindamonhangaba = 13/09  28°C à 16°C (sem precipitação com boa luminosidade solar) / 14/09  20°C à 17°C (sem precipitação e céu parcialmente nublado) / 15/09  19°C à 16°C (sem precipitação e céu parcialmente nublado).

Depois da observação da presença de gotículas de água na forma líquida, que condensou na superfície interna do saco plástico, os alunos puderam comprovar a eliminação de água pela planta no processo da transpiração foliar podendo, assim, contribuir para o ciclo da água, auxiliando na formação de nuvens, e contribuindo também para a regulação do regime de chuvas. Os alunos perceberam e comentaram sobre a eliminação de água nos dias de maior luminosidade e temperatura. Alguns grupos notificaram que não fizeram uma vedação adequada do saco plástico que influenciou nos resultados retendo uma menor quantidade de água do esperado. Os alunos puderam correlacionar a presença dos estômatos nas folhas com o processo de transpiração e o experimento proporcionou uma análise com medições de volume de perda da água e cálculo aproximado da área da superfície da transpiração foliar, como também a percepção discutida das mudanças climáticas que influenciam no processo da transpiração pela planta.

Ao finalizar este Projeto, pode-se aferir que os alunos puderam, com o experimento, comprovar o fenômeno da transpiração foliar pela planta que eliminou água na forma gasosa para a atmosfera, tendo como grande destaque a percepção da interação desse processo com o ciclo da água. Foi possível demonstrar a importância da conservação das florestas como agentes contribuidores para o ciclo da água e o regime das chuvas. Concluíram, pois, dentro de uma discussão proposta, que as chuvas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, dependem muito da floresta Amazônica preservada, já que as plantas eliminam grande quantidade de água para o ar atmosférico, contribuindo para o surgimento dos chamados 'rios voadores', que levam a umidade para essas regiões.

- Site eCycle: O que são rios voadores e qual sua importância? (https://www.ecycle.com.br/riosvoadores/#:~:text=Rios%20voadores%20s%C3%A3o%20volumes%20de,Minas%20Gerais%20e%20S%C3%A3o%20Paulo): Acesso em 21/10/2022. - Programa Reporter Eco: 'Rios voadores': fenômeno natural leva umidade da Floresta Amazônica para outras regiões’. Cf. também – Repórter Eco: - Facebook: https://www.facebook.com/reportereco - Site: http://tvcultura.com.br/programas/rep...; - Facebook: https://www.facebook.com/tvcultura - Twitter: https://twitter.com/tvcultura - Instagram: https://www.instagram.com/tvcultura; In: Vídeo: (https://www.youtube.com/watch?v=0R0tXcOTZDw): Acesso em 21/10/2022. OLIVEIRA, D. R. S.; NOBRE, G. L.; OLIVEIRA, L. H. S.; DA SILVA, C. C. “O método hipotético dedutivo no Ensino Fundamental: Uma proposta prática para o ensino de Ciências Naturais no tema Transpiração das plantas”, In: REAMEC – Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, 2018, 6(3), ISSN: 2318-6674.