A educação ambiental é uma tendência que surgiu pela necessidade de diminuir a intervenção antrópica que ocorre desde os primórdios da história da humanidade, onde o ser humano ocupou um espaço acentuado no meio ambiente, esquecendo que é apenas uma espécie ocupante e, assim como outros seres vivos e, portanto, precisa do meio ambiente em equilíbrio para a sua própria sobrevivência, sendo que os recursos naturais usados adequadamente podem ou poderiam suprir tais demandas (CARVALHO, 2011). Com intuito de esclarecer alguns termos sobre a educação ambiental, fazendo o uso desses conceitos e buscando colocá-los em prática, entra então o âmbito escolar, lugar onde boa parte da população se insere em alguma etapa da vida. É através da educação ambiental que se busca a alternativa de sensibilizar e frear ações equivocadas, que nos levam ao desequilíbrio ambiental, que para alguns, não parece ser um assunto a se preocupar (CARVALHO-SOUZA et al, 2012). Vale salientar a importância de ter contato com os assuntos sobre o meio ambiente, especificamente, com as plantas e os organismos vegetais, e que possam ter um olhar diferenciado, podendo destacar a importância ímpar, uma relevância eminente e que está intrinsicamente relacionado com a necessidade de entender o meio em que vivemos para podermos conservar e preservar o meio ambiente. Em síntese, o projeto visa o comprometimento e a inserção dos estudantes, a dispor de consciência com a preservação da vegetação em praças e ambientes sociais do município de Angicos, com o foco de conectar e aproximar os cidadãos com o tema e a instrui-los para proteger e conservar os espaços indicados.

Área de Estudo: O trabalho será realizado nas praças e ambientes livres do município de Angicos/RN. A primeira etapa consistiu em uma visita aos locais pré-definidos, assim, sendo possível realizar um levantamento da situação em que os locais se encontram e a elaboração o projeto para consecutivamente executa-lo. Após a averiguação, os locais foram fotografados para constatar que estes podem ser reestruturados. Procedimentos As atividades contaram com a participação e o apoio do Viveiro do Parque das Dunas, com a colaboração da doação das primeiras mudas de plantas nativas da Caatinga e do apoio dos familiares dos estudantes envolvidos no projeto. Após a realização da setorização e escolha das localidades aonde as mudas serão plantadas, a equipe deverá setorizar e agrupar os estudantes para o manuseio das plantas em cada setor. Para um melhor otimização e organização das atividades, foram estabelecidas etapas e um cronograma para o plantio das mudas. Após os plantios, serão realizadas as palestras com a comunidade para debater e apresentar a importância da conscientização ambiental e o bem estar de uma área verde na cidade, além de preservar a flora local.

PLANTIO DE MUDAS PARA A ARBORIZAÇÃO E PAISAGISMO NO MUNICÍPIO DE ANGICOS/RN: UMA ESTRATÉGIA PARA O RESGATE DA FLORA NATIVA

Inovação e Problemas da Sociedade, Cidades e Comunidades Sustentáveis, Saúde e Consumo Responsável

caatinga, conservação, educação ambiental, plantio de mudas

Amanda Cristina Dantas de Souza (Coordenador da Equipe)
Lindjanne Mannuelle Maria da Conceição Araújo de Melo (Professor Colaborador)
Gabriel dos Santos Souza (Aluno Capitão)
Pedro Henrique de Souza Trindade (Aluno)
Patricia Vitoria Silva Pessoa (Aluno)

EEFM Prof Francisco Veras, Angicos-RN

As plantas de modo geral, ou seja, árvores, arbustos e ervas representam um grupo de organismos de imensa importância para uma adequada gestão ambiental nas cidades, pois, desempenham um papel fundamental, principalmente no que diz respeito ao bem estar de modo geral, por reduzir a sensação térmica, limita a insolação direta, entre outros fatores benéficos. As áreas verdes, quando dispõe de espécies nativas, representam espaços com uma grande importância ecológica, e com a diversidade de espécies, desempenham um papel fundamental na manutenção da biodiversidade. As áreas urbanas, com pouca vegetação e locais arborizados, trazem consequências notórias e prejuízos para a natureza, com a pouca densidade vegetacional, há vários efeitos danosos não somente para os seres humanos, mais também para a fauna local, onde muitos desses animais são imprescindíveis para a flora, pois são polinizadores, dispersores e, desta forma, contribuem para o equilíbrio ambiental. A cidade, teoricamente, constitui um complexo ecossistema humano, mas paralelamente, não é algo desabitado para diversas outras formas de vida. Por exemplo, temos ambientes com condições naturais, como parques, jardins, praças, entre outros. Logo, tratando da dinâmica de uma cidade, as plantas constituem um papel significativo e que, infelizmente é pouco percebido, como fonte de alimento, abrigo, reprodução, biodiversidade etc. Nesta primeira etapa do projeto, foi feita a escolha dos locais para a realização do plantio das mudas nativas e a obtenção das primeiras mudas através do Viveiro do Parque das Dunas. O projeto está em desenvolvimento e aguardando a entrega das mudas para a realização do plantio. Será também realizado palestras e oficinas para apresentar a importância de plantar as espécies nativas da Caatinga.

A priori, o projeto está em fase de desenvolvimento, aguardando o envio das primeiras mudas cedidas pelo viveiro do Parque das Dunas. As mudas doadas pelo Parque são de plantas nativas da Caatinga e importantes para a preservação da flora local. Referente as mudas de plantas ornamentais, essas já se encontram plantas no jardim da Escola Estadual Professor Francisco Veras e foi possível verificar o enorme potencial que as espécies apresentam. Contudo, assim que concluímos esta etapa do projeto, esperamos que com o plantio das mudas de arvores nativas e com a manutenção das mesmas, haja uma melhoria na conscientização da conservação e proteção da flora nativa, da melhoria da qualidade do ar, do conforto térmico associado, principalmente, ao ar, umidade e sombra e o embelezamento da cidade, proporcionando um prazer estético e bem estar para os habitantes e visitantes do município de Angicos. Em continuidade, após o plantio das mudas, será realizado um cronograma para a manutenção das áreas arborizadas e resgatadas.

Nesta primeira etapa, pudemos concluir que o projeto causa um certo bem-estar nos integrantes e um contentamento por parte de todos os envolvidos, trabalhando com a terra e com as plantas, pudemos ter essa sensibilização e que apresenta uma grande relevância na importância da conservação das espécies nativas, do conhecer da flora local e como tudo está relacionado no conforto e na preservação do ecossistema. Destacamos também a importância do aprendizado sobre algumas técnicas essenciais de como se deve plantar as mudas e cuidar para que as plantas consigam se desenvolver de forma positiva. Diante do exposto, pode-se concluir que é fundamental o desenvolvimento desse tipo de prática, estimulando todos no cuidado com nossa cidade, com o pensamento crítico com relação a questões ambientais sérias, como é o caso do desmatamento e o reflorestamento de áreas degradadas.

CARVALHO, I. C. M. Educação Ambiental: a Formação do Sujeito Ecológico. São Paulo: Cortez, 5ª edição. 2011. 258 p. CARVALHO-SOUZA, G. F. A percepção de crianças sobre o lixo marinho: uma abordagem lúdica na popularização das ciências. Revista Eletrônica do Mestrado de Educação Ambiental Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental REMEA, 2012. DREW, D. Processos interativos homem - meio ambiente. Ed. Bertrand Brasil S.A. Rio de Janeiro, RJ, 1983. 206 p. MILANO, M. S.; DALCIN, E. C. Arborização de vias públicas. Rio de Janeiro, RJ: Light, 2000. 226 p.