Introdução

O isopor, nome comercial do poliestireno expandido (EPS), é um material essencial nos dias de hoje e que todo mundo conhece. O que pouca gente sabe é que esse tipo de plástico pode ser 100% reciclado, sendo um produto inodoro, reciclável, não poluente e fisicamente estável, o isopor se popularizou no mundo todo e possui inúmeras serventias, estando presente em nossas vidas de diversas formas, seja na bandeja de alguns produtos no supermercado, na proteção da TV nova ou até na decoração da festinha de aniversário infantil. Este produto tem um potencial enorme de reciclagem, porém no Brasil pouco é reaproveitado, e por não ser biodegradável leva até 150 anos para se decompor se jogado em lixões comuns e se queimado libera gás carbônico aumentando o aquecimento global. Segundo a Plastivida (2012), o potencial de reciclagem do EPS é elevado, porém há ociosidade no processo devido à falta de material retornado. O sistema logístico reverso enfrenta barreiras nos mais diversos elos da cadeia, que necessitam ser decifradas para otimizar o processo, com um agravante no contexto doméstico devido a falta de informação sobre o reuso desse material. Pensado no descarte adequado e no reaproveitamento do isopor, os estudantes do 3° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Silvestre Gomes Jardim, da cidade de Rondonópolis – MT, após rodas de conversa e debates, nas aulas de ciências (física, biologia e química) sobre os conceitos de meio ambiente e sustentabilidade pensaram em alternativas de reciclar o poliestireno expandido produzindo vasos.

Métodos

A metodologia utilizada no desenvolvimento deste trabalho será a abordagem STEAM, por meio de pesquisas: bibliográficas e quantitativa, roda de debate, vídeo aulas, experimentos/simulações e modelagem científica. As atividades aplicadas servirão para abrir diálogos sobre meio ambiente e sustentabilidade por meio da reciclagem do poliestireno expandido (isopor). Os componentes curriculares trabalharão de modo integrado, sendo que, Química: abordará as cadeias poliméricas; Biologia: meio ambiente e sustentabilidade e Física: Efeito estufa e Interferência humana na temperatura global; Matemática: porcentagem e matemática financeira Artes: produção de embalagens (vasos).

Dados

Inovando Pensamentos - Reciclando o Isopor


Temas

Cidades e Comunidades Sustentáveis

Palavras-chave

Reciclagem, Poliestireno Expandido , Meio Ambiente , Sustentabilidade

Equipe Ciêntifica

Wedna Mineira de Souza (Coordenador da Equipe)
Priscyla Martins de Souza (Professor Colaborador)
Beatriz Fernanda da Silva Costa (Professor Colaborador)
Alinne Ferreira Gomes Souza (Aluno Capitão)
Júlio Cesar Brito dos Santos. (Aluno)
Miriã da Silva Santos (Aluno)
Victor Rayan de Sousa Teixeira (Aluno)
Amanda Gabryelle Araújo Mesquita (Aluno)

Escola

Escola Estadual Silvestre Gomes Jardim, Rondonópolis -MT

Resumo

O isopor, nome comercial do poliestireno expandido (EPS), é um material essencial nos dias de hoje e que todo mundo conhece. Este produto tem um potencial enorme de reciclagem, porém no Brasil pouco é reaproveitado, e por não ser biodegradável leva até 150 anos para se decompor se jogado em lixões comuns e se queimado libera gás carbônico aumentando o aquecimento global. Segundo a Plastivida (2012), o potencial de reciclagem do EPS é elevado, porém há ociosidade no processo devido à falta de material retornado. Pensado no descarte adequado e no reaproveitamento do isopor, os estudantes do 3° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Silvestre Gomes Jardim, da cidade de Rondonópolis – MT, após rodas de conversa e debates, nas aulas de ciências (física, biologia e química) sobre os conceitos de meio ambiente e sustentabilidade, pensaram em apresentar possibilidades de reciclagem do Isopor e conscientizar a comunidade escolar a realizar o descarte correto desse material e conhecer os impactos ambientais que ele produz. A metodologia utilizada no desenvolvimento deste trabalho será a abordagem STEAM, por meio de pesquisas: bibliográficas e quantitativa, roda de debate, videoaulas, experimentos/simulações e modelagem científica. Os componentes curriculares trabalharão de modo integrado, sendo que, Química: abordará as cadeias poliméricas; Biologia: meio ambiente e sustentabilidade e Física: Efeito estufa e Interferência humana na temperatura global; Matemática: porcentagem e matemática financeira Artes: produção de embalagens (vasos). O trabalho encontra-se em fase de desenvolvimento, haja visto, que a IV Mostra Eu, Cientista, ocorrerá no fim de outubro do presente ano e, por meio de pesquisa com a comunidade escolar, os estudantes conseguiram verificar que 57% dos entrevistados sabem o que é um resíduo sólido, mas 66% do público entrevistado não sabe quais efeitos que o descarte incorreto do isopor pode provocar ao meio ambiente. Outro ponto a ser destacado é que 75% dos pesquisados não fazem a reciclagem em sua residência de qualquer resíduo sólido e quando questionados sobre o poliestireno expandido 59% dos abordados não sabe como esse produto pode ser reciclado o que corrobora com o trabalho informativo dos estudantes ao propor a comunidade escolar uma campanha informativa sobre o tema. Assim, acreditamos que apresentar possibilidades de reciclagem do poliestireno expandido, por meio da produção de vasos, além de conscientizar a comunidade dessa unidade escolar é uma alternativa de contribuir com a renda familiar.

Resultados

O trabalho encontra-se em fase de desenvolvimento, haja visto, que a IV Mostra Eu, Cientista, ocorrerá no fim de outubro do presente ano. Após as aulas sobre sustentabilidade e meio ambiente, os estudantes elaboraram uma situação problema, com base em observações na unidade escolar, que será apresentado a comunidade escolar na culminância da mostra, por meio de um texto (veja o texto abaixo): Problema a ser solucionado: Em 2022, a escola Estadual Silvestre Gomes Jardim recebeu uma quantidade excessiva de isopor, devido a embalagens de novos equipamentos; ao observar esse fato constatou-se que nem sempre esse produto tem um descarte correto. Nesse viés, será que a comunidade escolar conhece a maneira correta de reutilizar o isopor? E se o isopor não for descartado de forma correta quais seriam os impactos ao meio ambiente? Será que os estudantes conhecem os tipos de resíduos sólidos? De que forma os isopores podem ser reutilizados? A escola Silvestre pratica a coleta seletiva? Será que todos os bairros de Rondonópolis possuem coleta seletiva? Após escrita da situação problema pelos estudantes, foi explicado a proposta do trabalho a ser desenvolvido na abordagem STEAM e diálogo/planejamento das etapas do trabalho a ser desenvolvido. Para registro das atividades que serão desenvolvidas utilizaremos o word para criação do diário de bordo, sendo que o mesmo, será disponibilizado no Google Classroom e todos os estudantes e professores envolvidos terão permissão de acesso para fazer anotações e contribuições. Os diversos componentes curriculares envolvidos no trabalho darão suporte teórico para que os discentes possam formular seus argumentos de resposta a situação problema elencada, bem como, condições deles explicarem as demais turmas sobre os fatores que envolvem o descarte incorreto do isopor ao meio ambiente e formas de reciclá-lo.

Discussão dos Resultados

Além da pesquisa bibliográfica, nos componentes curriculares citados, foi realizada uma pesquisa quantitativa com a comunidade escolar para verificar se essa comunidade sabe o que é um resíduo sólido, principalmente o isopor, bem como os malefícios que seu descarte incorreto pode provocar ao meio ambiente. Por meio da pesquisa os estudantes conseguiram verificar que 57% dos entrevistados sabem o que é um resíduo sólido, mas 66% do público entrevistado não sabe quais efeitos que o descarte incorreto do isopor pode provocar ao meio ambiente. Outro ponto a ser destacado é que 75% dos pesquisados não fazem a reciclagem em sua residência de qualquer resíduo sólido e quando questionados sobre o poliestireno expandido 59% dos abordados não sabe como esse produto pode ser reciclado o que corrobora com o trabalho informativo dos estudantes ao propor a comunidade escolar uma campanha informativa sobre o tema. Espera-se que ao fim do desenvolvimento deste trabalho os estudantes possam conhecer o processo de coleta seletiva em Rondonópolis e, a partir do isopor, fazer o reuso do mesmo com a construção de vasos para consumo próprio ou venda. Outro ponto a ser destacado é que os estudos e produções realizados pelos discentes serão socializados em dois eventos: Mostra Científica da unidade escolar (Eu, Cientista IV) e mostra STEAM Brasil, tal ponto que seja observado pelos discentes a relação do seu projeto de vida com os pilares da educação que vai além da sua formação acadêmica, se consolidando na formação humana.

Conclusões

O impacto do Isopor no meio ambiente se deve muito mais ao seu tempo de decomposição, porém, a ineficiência da coleta seletiva e a falta de informação contribui diretamente no impacto ambiental causado por esse material. Contudo, acreditamos que apresentar possibilidades de reciclagem do poliestireno expandido, por meio da produção de vasos, é uma forma de conscientizar a comunidade da Escola Silvestre Gomes Jardim, bem como uma alternativa de contribuir com a renda familiar. Outro ponto a ser destacado é a campanha de conscientização sobre o descarte correto desse material e conhecer os impactos ambientais que ele produz.

Referências

Gouvêa, Carlos Alberto Klimeck. Logística Reversa: Destinação dos Resíduos de Poliestireno Expandido (Isopor) Pós Consumo de uma Indústria Catarinense. CLEANER PRODUCTION INITIATIVES AND CHALLENGES FOR A SUSTAINABLE WORLD. São Paulo – 2011. Disponível em < http://www.advancesincleanerproduction.net/third/files/sessoes/6A/1/Chagas_FHC%20-%20Paper%20-%206A1.pdf> Acesso 29 de setembro de 2022. Silva, Kamila Maria de Souza. Reciclagem de poliestireno expandido: compósito com fibras de sisal para confecção de placas de circuito impresso / Kamila Maria de Souza Silva – Guaratinguetá: 2013. Disponível em < https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/121224/000736434.pdf > Acesso 29 de setembro de 2022 PLASTIVIDA. Relatório Resumido Rev .02. Monitoramento do índice de reciclagem mecânica de EPS no Brasil – Ano Base 2012 –. São Paulo, mai. 2014.

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