Introdução
O que é Maker? Derivado do inglês que significa fazer, é o ato central do movimento Maker. Fazer é uma atividade humana básica, e o movimento Maker se realiza de diversas formas assim como com a participação de diversos indivíduos que se reúnem em espaços físicos e/ou online, para alavancar tecnologias digitais e/ou analógicas, com a sabedoria e experiência de seus colegas fabricantes, para a produção de artefatos (COHEN et al., 2017, p. 2).
De acordo com, STELLA et al ( 2018, p. 4), A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) foi prevista na Constituição de 1988, na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) de 1996 e no PNE (Plano Nacional de Educação) de 2014. Em 22 de dezembro de 2017, foi publicada a Resolução CNE/CP nº 2, que institui e orienta a sua implantação ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. Este documento passa a ser uma referência obrigatória para a elaboração e adequação dos currículos e propostas pedagógicas nas redes de ensino, tanto nas escolas das redes públicas quanto privadas, assim como uma referência na formação de professores e na elaboração de conteúdos educacionais. Ela integra a política nacional da Educação Básica, em conformidade com o PNE (BRASIL, 2017a).
As redes de ensino devem modificar suas propostas pedagógicas para contemplarem este normativo. No mesmo ano, a ONU divulgou os quatro pilares para a educação do século XXI: Aprender a conhecer. Aprender a fazer. Aprender a viver juntos. Aprender a ser (UNESCO, 2017). O quadro 1 apresenta os quatro pilares e sua concepção.
Isto posto, este trabalho tem como objetivo apresentar oportunidades de incorporar à proposta pedagógica que contemplará a BNCC, atividades desenvolvidas no contexto da Cultura Maker para a área da matemática. As sugestões apresentadas nesta proposta são feitas para a área da matemática do Ensino Médio que tem o compromisso com o desenvolvimento do letramento matemático, definido como:
[...] as competências e habilidades de raciocinar, representar, comunicar e argumentar matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento de conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em uma variedade de contextos, utilizando conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas. (BRASIL, 2017, p. 264).
Com relação ao desenvolvimento do movimento Maker na escola, Raabe et al. (2016) apresentam um relato de experiência de atividades Maker realizadas no âmbito da educação básica, com alunos do Ensino Fundamental (anos finais) e Ensino Médio trabalhando juntos em projetos diferentes. Estes alunos tiveram a supervisão de alunos de graduação e pós-graduação em encontros semanais. Alguns dos projetos foram apresentados em feiras de ciências. Rodríguez e Domínguez (2017) relatam a experiência nos colégios SEK (Los Colegios San Estanislao de Kostka) em Madri, onde existem os SEK Lab, uma alusão ao FabLab da Cultura Maker. Nestas oficinas e laboratórios de ideias, os estudantes e a comunidade educacional SEK podem criar redes e empreender, contribuir ideias, projetar e criar protótipos ou produtos acabados com o objetivo para desfrutar, aprender e inovar.
Para tanto a pesquisa tem como objetivo responder como a Cultura Maker aliada a Matemática pode auxiliar e evitar o desperdício de água?
Métodos
Esse estudo tem por finalidade realizar uma pesquisa aplicada, uma vez que utilizará conhecimentos de pesquisa básica para resolver problemas relacionados ao ensino e aprendizagem. Para melhor tratamento dos objetivos e melhor apreciação desta pesquisa observou-se que ela pode ser classificada como descritiva, com uma abordagem qualitativa. Como procedimento, pode-se citar a necessidade de uma pesquisa participante, visto que há uma interação entre o Coordenador e os alunos pesquisadores. Os alunos farão registros em fichas dos erros e que o fizeram para corrigir. A análise da compreensão Matemática será mostrada em relatórios e gráficos.