Introdução
A produção dos resíduos sólidos urbanos (RSU) vem crescendo juntamente com o
aumento da população, uma vez que estes dois fatores estão atrelados. No mundo são
produzidos 2.01 bilhões de toneladas de RSU (WORLD BANK, 2018). No Brasil, em 2018,
as cidades produziram por volta de 78 milhões de toneladas de RSU (ABRELPE, 2019). Em
Manaus, o Aterro de Resíduos Sólidos recebeu, no período de janeiro a dezembro de 2019,
aproximadamente 953.735 toneladas de RSU. Nesse mesmo período, apenas 1,02% dos RSU
foi para a compostagem, produzindo em sua usina de compostagem 400 m³ de composto
utilizado pelas escolas públicas, praças públicas, viveiro da SEMULP, entre outros
(SEMULSP, 2019).
No município de Presidente Figueiredo, no período de 2019, segundo Santos et al.
(2020), foram produzidos em média 57 toneladas de RSU, sendo 18 toneladas de materiais
reciclados, 28 toneladas de resíduos orgânicos e 11 toneladas de resíduos diversos
depositados no “lixão”, ou seja, aproximadamente 50% de todo RSU do município é de
resíduo orgânico e, diante dessa realidade, nota-se uma oportunidade para se reciclar os
resíduos orgânicos.
Uma das maneiras para isso é por meio da vermicompostagem que consiste em um
processo de transformação que requer pouco espaço e que visa à reciclagem de resíduos
orgânicos e à produção de adubo orgânico estabilizado e biofertilizante, principalmente em
meio urbano, mediante a criação de minhocas das espécies Eisenia foefida (minhoca-
vermelha-da-califórnia) e Eudrilus eugeniae (minhoca-de-esterco) (AQUINO, 2005).
Assim, este projeto pretende realizar a vermicompostagem da maior parte dos resíduos
orgânicos gerados pela Escola Estadual de Tempo Integral - Maria Eva dos Santos, localizada
no município de Presidente Figueiredo/ AM, mediante a construção de vermicomposteiras
nessa instituição de ensino, as quais serão mensuradas as quantidades de resíduos orgânicos
de entrada e de saída dos produtos, periodicamente.
Métodos
Para a execução desse projeto, será utilizado: rastelo de jardinagem, balança de
alimentos, termômetro, serragem, peneira, tecido de tramas pequenas, funil, lona, garrafas PET
e vermicomposteiras feitas com baldes de plástico. Esses baldes serão perfurados com a menor
broca disponível para que haja ventilação e escoamento do biofertilizante.
A espécie de minhoca que será utilizada dependerá da sua disponibilidade, podendo ser a
Eisenia foetida ou a Eudrilus eugeniae. Com relação à quantidade de minhocas será utilizada a
recomendada pela EMBRAPA (2011), aproximadamente 1.500 minhocas/ m².
Os resíduos orgânicos utilizados na vermicompostagem serão os produzidos pela cozinha
da Escola Estadual de Tempo Integral – Maria Eva dos Santos, local de execução do projeto.
As vermicomposteiras serão alimentadas diariamente e analisadas semanalmente. Os
procedimentos experimentais serão realizados por meio da medição da temperatura e aferição
do peso dos resíduos orgânicos de entrada e dos pesos de biofertilizante e de húmus
produzidos.